À relação de Judeus e Cristãos

7 de maio de 1997

 

   

  À relação de Judeus e Cristãos

 

União de Comunidades de Igrejas Evangélicas Livres na Alemanha
  7 de maio de 1997

 

A presente declaração foi despachada pela direção federal alemã da União de   Comunidades Eclesiais Livres na Alemanha (K.d.o.R.) em 7 de maio de 1997 em Hamburgo e   recomendada às comunidades para uso como ajuda de orientação.

   

“Os dons de graça e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11,29).

 
 

Em 14 de maio de 1998, o Estado de Israel tem uma história de 50 anos. Não só esse   motivo atual, mas também a carregada história comum e, antes de tudo, o futuro comum nos   levam à tomada de posição biblicamente fundada da relação de judeus e cristãos. Nisso,   a comunidade de Jesus Cristo se entende obrigada ao testemunho de Cristo e ligada, de modo   sem par, ao Judaísmo.

 
   

1.

   
   

O quê é “Israel”

   
1.1   

O nome de Israel, que se encontra 2500 vezes na Bíblia, está sendo usado muito   diversamente: Como nome de pessoa (Gn 32,29), como nome de estado para o Reino do   Norte e, mais tarde, para o reino do sul de Judá (1Sm 17,52; 18,16), como nome dum   povo (Ex 3,10; Dt 26,15; 2Sm 7,7ss.), para um país (2Rs 6,23; Ez 11,17; 20,38.42;   37,17) e para uma comunidade religiosa (Ex 12,3; Lv 16,5; Nm 15,25s.; Js 8,35; 1Rs   8,5ss.; 2Cr 30,1ss). O termo de Israel, portanto, não é unívoco; só o respectivo   contexto define o conceito mais exato.

1.2   

O mais essencial em Israel é a sua relação sem par ao seu Deus YHVH, o qual   eduziu o Seu povo do Egito, da casa de escravidão (Ex 20,2; Dt 5,6; 6,20ss.). Por   isso, está sendo chamado o “Deus de Israel” ou o “Santo de Israel” (Ex 5,1;   20,2; 24,10; Is 12,6 e outros).

1.3   

No uso de hoje, Israel é mais freqüentemente o nome do estado fundado em 1948.   Esse Estado não deveria ser igualado, sem crítica, com Israel como grandeza de história   da salvação. No total da sua história, Israel era um estado só por relativamente   pouco tempo. O recolhimento dos judeus na terra prometida, porém, entendemos como   signo da fidelidade de Deus.

1.4   

Por causa do uso diverso, usamos, neste manual, o conceito de “Judentum” (Judaísmo),   quando nos referimos ao povo de aliança, Israel, na sua forma atual.

1.5   

Hoje, judeus vivem, não só em vários países do mundo, mas também numa relação   muito diversa à sua herança religiosa. Isso precisa ser tomado em consideração no   falar do “Judaísmo”.
   

   

2.

   
   

A escolha permanente de Israel

   
2.1   

Israel está, segundo as afirmações do Antigo e do Novo Testamentos, escolhido   por Deus como povo de aliança. Essa escolha é decisão livre de Deus (Dt 7,7s.),   pela qual Se ligou a Abraão e os descendentes deste (Gn 17,7s.; Rm 11,25-32). Uma   rejeição ou “obstinação” não houve (Rm 11,1).

2.2   

Escolha significa, não preferência, mas sim uma incumbência especial. Israel e   os seus descendentes são, como “servo de Deus”, ao mesmo tempo testemunhas de   Deus neste mundo (Is 41,8-9; 44,1).

2.3   

Segundo a doutrina do apóstolo Paulo sobre Israel (Rm 9-11), o Judaísmo é povo   de Deus permanentemente: “São israelitas” (Rm 9,4). Essa escolha do povo de   Israel está sendo confirmada pelos dons de salvação citados em Rm 9,4-5.

2.3.1   

Com o fazer sair do Egito, é prometido ao povo de Israel a qualidade de filho   de Deus (Rm 9,4; Ex 4,22; Os 11,1). Com isso, está sendo descrita a sua relação   especial com Deus.

2.3.2   

Sobre Israel está a glória de Deus, o esplendor da presença de Deus (Ex   16,10; 29,43-46; Ez 1). Deus não abandona o Seu povo, também não quando terra e   templo se perderem (Jr 31,31-34). (Modifiquei, na tradução deste item, o que entendi   como erro de digitação nas Anmerkungen (Anotações) 15 e 16 do texto alemão.   Trad.)

2.3.3   

Deus se tem obrigado perante Israel através de fazer alianças com Abraão,   Moisés e Davi. É verdade que o povo de Deus reiteradamente faltou a essas alianças.   Mas Deus não ab-rogou a Sua aliança com Israel, mas sim a renovou por promissão (Jr   31,31-34) e a confirmou em Cristo (2Cor 1,19s.).

2.3.4   

Pelo dom da Toráh, Deus exprime a sua vontade. A Toráh, portanto, quer ser   entendida no Judaísmo, não como lei que mate, mas sim como orientação para viver,   a qual se admira respeitosamente (Sl 119). Ela é, também segundo o Novo Testamento,   “santa, justa e boa” (Rm 7,10.12).

2.3.5   

No serviço religioso, concreta-se a ligação permanente entre Deus e o seu povo.   Isso se mostra exemplarmente no sábado: Aqui, o Judaísmo celebra o seu criador,   confessa que se deve somente do amor e escolha de Deus, pré-apontando e sinalizando o   tempo messiânico.

2.3.6   

Desde a vocação de Abraão, as promissões de Deus acompanham a história   de Israel (Gn 12,2-3; 2Cor 1,20). Garantem a continuação do povo de Deus,   anunciando a salvação no fim do tempo, a qual tanto os judeus como também os cristãos   juntos esperam de Deus. A essas promissões pertence também a terra, a qual está   confiada ao povo de Israel como propriedade (Lv 25,23).

2.3.7   

Com os pais Abraão, Isaac e Jacó, a história de Israel como povo   escolhido começa. A referência aos pais segura a continuidade histórica do povo de   Deus, juntando a comunidade judaica de fé através da história, cheia de   vicissitudes, como povo de aliança de Deus.

2.3.8   

A origem terrestre do Messias confirma a escolha de Israel e a promissão   dada por Deus (Rm 1,3). O Messias Jesus de Nazaré era judeu. Assim, a palavra de   Jesus se mostra como verdadeira: “A salvação vem dos judeus” (Jo 4,22).
   

   

3.

   
   

Os judeus e os cristãos - o que nos liga

   
3.1   

A base do atual lado-a-lado dos judeus e cristãos jaz num teológico   um-depois-do-outro (Rm 1,16). Não só Jesus de Nazaré era judeu, mas também todos   os seus discípulos. O Cristianismo se radica no Judaísmo (Rm 11,18). O “Novo   Testamento” é uma coleção de escritos judaicos. Nós cristãos recebemos a   leitura de escritura, o sermão e a adoração da sinagoga como elementos do nosso   serviço religioso.

3.2   

Os judeus e os cristãos se confessam ao Deus único, o criador e salvador.   Essa confissão fundamental, a qual se expressa na oração diária do judeu, o   “Shm’á Israel” (Dt 6,4s.), estampa também a fé cristã: Deus, o pai, o qual   se manifestou em Jesus, Seu filho, dando à comunidade o Seu espírito, é um único   (Rm 3,29s.; 1Cor 8,6).

3.3   

Os judeus e os cristãos baseiam a sua fé na “Escritura” comum (o   “Tenak”, respectivamente o Antigo Testamento), ao qual o Novo Testamento dos cristãos   é relacionado. Central para os judeus e os cristãos é o mandamento duplo de amor:   “Deves amar o Senhor, teu Deus de todo o coração e de toda a alma e com toda a tua   força” (Dt 6,5) e “Deves amar o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18; Mc   12,30s.). Assim ensina Jesus Cristo: “Nesses dois mandamentos pende o total, ‘lei   e profetas’ (Mt 22,40).

3.4   

Os judeus e os cristãos devem ser testemunhas de Deus perante os outros   povos (Is 43,10; Ag 1,8). Isso libera e obriga ambos para fazer aquilo que Deus tem   revelado como a Sua vontade (Dt 30,11-14; Mt 7,21.24).

3.5   

Os judeus e os cristãos entendem-se ambos como povo de Deus. Essa   comunidade, a qual está sendo determinada pela relação ao Deus da Bíblia, está   aberta para todas as pessoas humanas (Is 56,6s.; Jr 30,22; 2Cor 6,16; Ef 2,11-20; 1Tm   2,4; 1Pd 2,9s. [cf. Ex 19,6]).

3.6   

Os judeus e os cristãos liga a esperança do Reino de Deus por vir, no qual   haverá paz (shalôm) e o plano de Deus com a Sua criação chegará à perfeição   (Is 2,11; Ap 6,21).
   

   

4.

   
   

Limites do diálogo

   
4.1   

Apesar da larga base comum dos judeus e cristãos, os caminhos deles separaram-se   cada vês mais no decorrer dos séculos. As respostas a perguntas centrais da fé, e   com isso à reivindicação de verdade, dificultam o diálogo até hoje.

4.2   

Para nós cristãos, Jesus de Nazaré é o Messias prometido de Deus, em quem   somente se encontra salvação e redenção (Ag 4,12; Jo 14,15). O seu anúncio e os   seus feitos poderosos são sinais do Reino de Deus por vir (Mc 1,15). Por isso,   anunciamos Jesus como Cristo, e nomeadamente o crucificado e ressuscitado, como poder   de Deus e sabedoria de Deus (1Cor 1,23; 2,2; Rm 1,16). Para os judeus isso não é   ratificável de modo igual.

4.3   

O tornar-se homem de Deus em Jesus Cristo (Lc 1,35; Jo 1,14; 11,27; 20,31; 1Cor   15,3), e a unicidade de Jesus Cristo, a qual, no Novo Testamento, está sendo   expressada nos diversos títulos de alteza como “Filho do Homem” (Mc 9,31; 10,45;   Jo 20,31), “Messias/Cristo” (Mc 8,29; Jo 1,41; 11,27; 20.31; 1Cor 15,3), “Filho   do Deus” (Mc 1,1; 3,11; 15,39; Jo 20,31), “Senhor” (Jo 20,28; Fm 2,11; 1Cor   8,5s.) e “Salvador” (Lc 2,11; Jo 4,42; Ag 13,23; 1Jo 4,14), pode parecer, de ponto   de vista judaico, como pondo em perigo a fé no Deus único.

4.4   

Para nós cristãos, a “Escritura” não pode ser lida e interpretada senão em   direção a Jesus Cristo (Mc 12,10s.36s.; Lc 24,25-27; Jo 5,39; Ag 8,35; Hb 5,5-10). O   Novo Testamento não pode ser lido e entendido sem o Antigo Testamento.

4.5   

A comunidade cristã se entende, como o Judaísmo, como povo de Deus escatológico.   Para os judeus, a pertença ao “povo de Deus” permanece, como dantes, como sinônima   com aquela ao povo judaico. Aquele que nasceu de mãe judaica ou se converteu ao Judaísmo   entende-se como judeu. Mas a gente se torna cristão pela resposta pessoal da fé e a   realização do batismo, este que liga o cristão individual com o destino de Jesus   Cristo (Rm 6,1ss.) e o incorpora na “comunidade do corpo de Cristo” (1Cor 10,16;   12,13; Rm 12,5. Aqui modifiquei, na tradução, o que entendi como erro de digitação   na Anmerkung [Anotação] 46 do texto alemão. Trad.). Com isso, todas as diferenças   são aufgehoben (esta palavra alemã significa tanto “abolidas” como   “guardadas”. Trad.): Em Cristo “não há nem judeu nem grego, nem escravo nem   livre, nem homem nem mulher; pois todos sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28; Ef   2,14-18).
   

   

5.

   
   

As lições da história

   
5.1   

Os judeus e os cristãos são, apesar do seu um-depois-do-outro histórico,   essencialmente relacionados pelo único Deus, bem como pela Sua revelação de Si   mesmo, a qual se aperfeiçoa em Cristo. Isso testemunhamos também pelo fato de que   insistimos na unidade dos dois Testamentos.

5.2   

Com tristeza e vergonha confessamos que o relacionamento entre cristãos e judeus   chegou a ser uma história de irmãs e irmãos desavindos, na qual se enfatizava mais   aquilo que separa do que aquilo que se tem em comum. A história do relacionamento   cristão-judaico está preponderantemente cunhada de mal-entendidos, erros e avaliações   erradas, para cuja realização cristãos contribuíam decisiva e muitas vezes também   culpadamente.

5.3   

O anti-semitismo que chegou a ser efetivo na Europa, cujo apogeu representava a   destruição quase total do Judaísmo europeu pelo regime nacional-socialista, foi   preparado por teólogos líderes da Antiga Igreja da Idade Média, da Reforma e do   tempo moderno. Por ignorância sobre o Judaísmo, bem como por assim chamadas teorias   de deserdação e maldição, preconceitos antijudaicos foram, não rejeitados pelo   lado cristão, mas sim promovidos.

5.4   

Na base desses desenvolvimentos errados e das razões teológicas expostas nas alíneas   1-4, recusamos resolutamente as interpretações do “Judaísmo de maldição”   manifestadas da parte cristã, bem como todas as teorias de substituição, como não   correspondentes nem à Escritura nem à objetividade.

5.5   

Com vista à nossa história como comunidades de batistas e irmãos, unidas na União   de Comunidades Eclesiais Evangélicas Livres na Alemanha, declaramos:

5.5.1   

Lamentamos que descuramos por muito tempo da reflexão teológica intensiva do   relacionamento entre judeus e cristãos. É verdade que, entre nós, há uma   pronunciada expectativa escatológica de que os caminhos de Israel e da comunidade   cristã reunir-se-ão na história da salvação. Não obstante, não demos   suficientemente pelo que o Judaísmo, também na sua forma atual, está sendo amado e   escolhido por Deus (Rm 9,4-5).

5.5.2   

Lamentamos que temos considerado as nossas irmãs e irmãos judaicos preponderante   e unilateralmente sob pontos de vista missionários. Não temos considerado e   apreciado suficientemente as promissões e a escolha permanente testemunhada no Novo   Testamento do povo judaico. Gratos apoiamos, em compensação, todos os esforços que   descreverem o que está essencialmente comum.

5.5.3   

Confessamos a nossa falha culposa e lamentamos:

 
  • toda a delimitação e de-solidarização do Judaísmo no tempo do domínio nacional-socialista;
  • as denunciações de irmãs e irmãos na fé cristãos judaicos, denunciações essas que também no espaço das nossas comunidades sucederam;
  • todas as exteriorizações e comportamentos antijudaicos nas nossas fileiras;
  • todas as acusações pela morte de Jesus proferidas, mas histórica e eticamente insustentáveis.
   
5.5.4   

Não deve ser ocultado que judeus e cristãos judaicos, também no tempo da   perseguição, receberam ajuda corajosa e determinada de irmãs e irmãos das nossas   comunidades. Constatamos perplexos, porém, que a última fase da perseguição dos   judeus foi passada em silêncio pelo lado oficial da União das Comunidades Eclesiais   Evangélicas Livres na Alemanha.

5.6   

Que a Cristandade, pela parte judaica, está sendo preponderantemente sentida uma   como religião anti-semita, lamentamos profundíssimanente. Objetamos a isso que a   comunidade de Jesus Cristo não pode ser antijudaica. Uma atitude básica anti-semita   tem, ao mesmo tempo, um caráter anticristão.

5.7   

Não podemos desfazer a história do mal-entendimento judaico-cristão. Mas nos   podemos comprometer a nos esforçar para, na base da Sagrada Escritura, uma renovação   do relacionamento, o qual tenha em conta a unidade do povo antigo e novo de Deus.
   

   

6.

   
   

Concretizações para o diálogo entre judeus e cristãos

   
6.1   

Os judeus e os cristãos são ligados uns aos outros de modo especial. No   testemunho do Antigo Testamento jaz a raiz comum da sua fé. Embora os seus caminhos   se tenham separado em Jesus Cristo, ficam sempre remetidos á herança comum e, com   isso, uns aos outros. Juntos têm de testemunhar Deus neste mundo.

6.2   

Estamos perplexos pelas novas formas do fenômeno do anti-semitismo, o qual se   mostra também no nosso país. Somos apelados a nos opor a qualquer forma de   anti-semitismo e discriminação de judeus com toda a firmeza.

6.3   

O assassínio de mais que seis milhões de judeus, com as conseqüências do qual   também os nascidos depois têm de carregar, obriga-nos a não deixar dormir a lembrança   das vítimas do Holocausto. Portanto, damos as boas vindas á instituição do dia de   comemoração do Holocausto em 27 de janeiro na Alemanha, o dia da libertação do   campo de concentração de Auschwitz.

6.4   

No colóquio com judeus não podemos nem queremos ocultar a nossa profissão a   Jesus Cristo. “Pois que em nenhum outro há salvação; e, também, nenhum outro   nome em baixo do céu está dado às pessoas humanas, no qual estaríamos para sermos   salvos” (Ag 4,12).

6.5   

Porque cremos que os judeus e os cristãos, conforme a sua vocação, são   testemunhas de Deus neste mundo, não podemos perceber o nosso testemunho perante o   povo judaico no mesmo modo como a nossa missão no mundo dos povos. Nós cristãos   temos de respeitar o testemunho judaico de fé e vida. O credo cristão não deve ser   imposto a ninguém. Não se prova como autêntico senão na força do Espírito Santo.

6.6   

Pela longa história da intolerância e perseguição, o testemunho cristão não-judaico   entre os judeus foi onerado gravemente. Atualmente, a atividade diaconal, que   entendemos como “serviço de consolar” (Is 40,1ss.), é muitas vezes a única base   para confiança e abertura perante o testemunho cristão.

6.7   

Entendemo-nos ligados especialmente àquelas pessoas judaicas que têm conhecido e   aceito Jesus Cristo como o Messias. O seu testemunho em Israel e no mundo queremos   fortificar e apoiar por oração e outros sinais.

6.8   

A intercessão é base importante para o nosso relacionamento com o Judaísmo. Por   essa razão recomendamos às comunidades da nossa União a intercessão regular e   concreta pelo povo judaico.

6.9   

Na situação atual, vemos as seguintes tarefas para as irmãs e irmãos dentro da   nossa comunidade fraternal:

 
  • Pedimos a todos os membros das nossas comunidades que dispensem amor e respeito aos judeus, apoiando nisso os grupos na nossa união de comunidades que se puseram isso como meta (p. ex. “Serviços em Israel”).
  • Exortamos todos os membros das nossas comunidades que recusem determinadamente qualquer forma de ódio e inimizade perante os judeus, lutando para que judeus e não-judeus possam viver em paz e liberdade.
  • Intimamos todos os membros das nossas comunidades que considerem a situação especial de judeus na Alemanha depois do Holocausto, esforçando-se para contatos com os nossos co-cidadãos e co-cidadãs judaicos.
  • Pedimos a todos os responsáveis nas nossas comunidades que a proclamação em pregação e ensino descreva a relação entre cristãos e judeus num modo que contribua para a superação de preconceitos, considerando bastante, antes de tudo, o auto-entendimento do Judaísmo. Para isso, o Domingo de Israel (10º domingo depois da festa da Santíssima Trindade).
  • Recomendamos que em todos os estabelecimentos da nossa União sejam comunicados conhecimentos básicos sobre o Judaísmo.
  • Exortamos, em vista das tensões e dos problemas não resolvidos no Próximo Oriente, orar para que os politicamente responsáveis encontrem vias para um lado-a-lado de judeus e dos seus vizinhos.
   
 

O Judaísmo, provindo do povo antigotestamentário de Israel, lembra-nos da fidelidade de   Deus a respeito das Suas promissões. Quem professar a fidelidade de Deus na morte e   ressuscitamento do Seu filho Jesus Cristo, professa ao mesmo tempo a fidelidade de Deus a   respeito de Israel e do Judaísmo.

 

Hamburgo, 7 de maio de 1997

 
  Tradução: Pedro von Werden SJ. Texto alemão
  Uma Crítica. Para o nosso auto-entendimento não   temos necessidade dos cristãos e da Igreja destes por Dr. h. c. Joel Berger"top"